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Carga tributária deve atingir 35,91% em 2008, com destaque para IOF

Fonte: InfoMoney
Flávia Furlan Nunes A arrecadação tributária deve atingir 35,91% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, proporção 0,59 ponto percentual superior à registrada em 2007, quando foi de 35,32% do PIB. A estimativa foi elaborada pelo mestre em finanças públicas pela FGV (Fundação Getulio Vargas), Amir Khair, que projetou os ganhos do Governo em suas três esferas: federal, estadual e municipal. "O que explica o aumento da arrecadação é fundamentalmente o crescimento econômico, que eleva o faturamento e o lucro das empresas, e a massa salarial acima do crescimento do PIB. O setor público pega carona nos tributos, que são proporcionais a essas elevações", justificou o especialista. A estimativa leva em consideração as arrecadações realizadas até agosto pela União, que é responsável por 70% da arrecadação total, e até julho para Estados e Municípios. Tributos O grande pressionador para a elevação da carga tributária, nas projeções de Khair, é o IOF (Imposto sobre as Operações Financeiras). Em 2007, este tributo correspondia a 0,30% do PIB, enquanto, em 2008, a proporção será de 0,74%, o maior crescimento registrado entre todos os tributos analisados. A análise destaca que, caso não fosse extinta a CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira), a proporção da arrecadação tributária sobre o PIB seria 1,41 ponto percentual superior. No bolso Segundo as previsões, dentre os tributos pagos diretamente pelos brasileiros, o que mais pesará em 2008, na comparação com 2007, será o Imposto de Renda, com 6,59%, em relação ao PIB. Arrecadação De acordo com a projeção, a maior contribuição para o aumento da arrecadação virá dos Estados. Para o crescimento de 0,59 ponto percentual (de 35,32% do PIB em 2007 para 35,91% em 2008), 0,38 ponto percentual será contribuição dos Estados, 0,18 p.p., da União e 0,03 p.p., dos Municípios.